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Histórias

Empreender na educação

Como professora com nove anos de atuação em escola rural, percebo que os jovens do campo precisam se reconhecer como parte no processo de ensino e aprendizagem no meio em que vivem para que possam ser protagonistas das suas próprias histórias.

17 de Fevereiro de 2021

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“Como professora com nove anos de atuação em escola rural, percebo que os jovens do campo precisam se reconhecer como parte no processo de ensino e aprendizagem no meio em que vivem para que possam ser protagonistas das suas próprias histórias. Para isso, precisam obter informações e incentivo para melhorar suas propriedades e conseguir acessar as novas tecnologias, pois alguns ainda sequer têm acesso à internet. Palavras chaves pra mim quando se trata de educação em áreas rurais são ‘autoestima, autoconhecimento e valorização’, que são fundamentais tanto para os educadores como para os educandos.

Aqui em Canguçu, temos um projeto de turno integral chamado Educcan – Educação do Campo de Canguçu –, que já permite um bom trabalho direcionado à aprendizagem das crianças e adolescentes rurais. E em 2020, eu e mais 13 colegas professores participamos do Programa de Boas Práticas de Empreendedorismo para a Educação, realizado pelo Instituto Crescer Legal, oportunidade que foi além de uma simples formação e transcende nosso pensamento sobre o que é empreender. A atividade trouxe uma metodologia prática e teórica e a abordagem de várias temáticas possíveis de adaptar em qualquer área, com foco em como se pode melhorar como ser humano respeitando o meio ambiente e os outros e como aprender a reconhecer nossas habilidades.

Os encontros, embora virtuais, não eram maçantes e possibilitavam troca de aprendizado e conhecimentos de novos saberes, o que era complementado por todo um suporte pedagógico. Não foi apenas um trabalho a mais, e sim como agregar novos conhecimentos de forma prática, tranquila e lúdica para nossos alunos. Quando entrei no programa, eu estava com a autoestima baixa, não me sentia capaz de administrar minhas aulas com ensino remoto. E, com o decorrer do curso, tudo isso mudou. Conectei-me comigo mesma e voltei a ser uma profissional confiante. Através da minha valorização pessoal, consegui elaborar atividades mais atrativas para os alunos. Foi muito bom fazer parte desse curso, pois me permitiu crescimento tanto profissional como pessoal.”

Professora Romélia Duarte Bittencourt, de Canguçu (RS), participante do Programa Boas Práticas em Empreendedorismo para a Educação, do Instituto Crescer Legal.

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