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No local e no global

“Mesmo vivendo no interior de São Lourenço do Sul, trabalho como suporte de TI para uma multinacional e diariamente atendo clientes na Alemanha. Minha trajetória até a atuação profissional internacional foi baseada no estudo formal na escola e universidade e na valorização da cultura do nosso interior […]”

09 de Julho de 2024

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Gisleia Blank

@gisleia_simone

 

No local e no global

 

“Mesmo vivendo no interior de São Lourenço do Sul, trabalho como suporte de TI para uma multinacional e diariamente atendo clientes na Alemanha. Minha trajetória até a atuação profissional internacional foi baseada no estudo formal na escola e universidade e na valorização da cultura do nosso interior, especialmente as línguas faladas pelos meus antepassados: pomerana e alemã. Inicialmente, me tornei professora de língua alemã e, como o passar do tempo, agreguei a atuação na área de tecnologia da informação em nichos onde havia necessidade a comunicação em alemão. E percebo que o conhecimento e a cultura local são muito valorizados no curso de Empreendedorismo e Gestão do Instituto Crescer Legal, do qual um sobrinho meu participa com aprendiz rural. É bastante positivo o incentivo dado aos jovens em diferentes frentes de desenvolvimento pessoal, como visitas a museus e a instituições de pesquisa, enfocando desde a cultura social até a cultura no sentido da agricultura. 

O conhecimento é uma maneira de fazer os jovens verem que há possibilidades boas no interior, chances reais de eles ficarem no campo. E são muitas as possibilidades de sucesso sem sair da zona rural. Por muito tempo, os próprios produtores rurais vestiram o manto da inferioridade, do estereótipo do homem do campo. Isso precisou ser mudado. Hoje, com alegria eu vejo pessoas que fazem cursos, estudam e empreendem no interior, desde a própria produção até em turismo rural e serviços. Tem havido a valorização dos pequenos negócios rurais, inclusive pelos próprios produtores, que têm visto isso e se despido do mito de que a ‘colônia’ não tem oportunidades.

Acho todo o tipo de qualificação importante e há formações que não exigem propriamente a universidade. Exemplos são manuseio de drones e outras tecnologias, técnicas eficientes de cultivo e aptidões que melhoram sua propriedade e todo o seu entorno. Os jovens que conseguem ter um olhar além do normal, uma formação voltada para a cultura e história, terão na aplicação desse saber algo que pode tornar melhor o lugar onde vivem, não no sentido de ascensão, mas de qualidade.”

 

Gisleia Blank, moradora do interior de São Lourenço do Sul (RS), é suporte de TI e faz atendimentos a clientes na Alemanha. É uma entusiasta das atividades do Instituto Crescer Legal por incentivar os jovens a verem as oportunidades do campo.

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