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Histórias

Arte pela educação transformadora

A escola ideal para crianças e jovens rurais deve ser um espaço aberto, inclusivo e dinâmico, onde novas ideias e propostas são constantemente discutidas e acolhidas.

11 de Outubro de 2024

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“A escola ideal para crianças e jovens rurais deve ser um espaço aberto, inclusivo e dinâmico, onde novas ideias e propostas são constantemente discutidas e acolhidas. Deve ser uma instituição que valoriza a escuta ativa, onde os alunos realmente têm voz e sentem-se empoderados para expressar suas necessidades, anseios e sonhos. Além disso, acredito que a escola no campo precisa se conectar profundamente com a realidade local, explorando os saberes populares, as tradições e o contexto rural, ao mesmo tempo que abre portas para o mundo globalizado, incentivando a inovação e a criatividade. Somente dessa forma poderemos criar uma educação que seja ao mesmo tempo enraizada e transformadora.

E muito disso está presente no Programa de Boas Práticas de Empreendedorismo para a Educação, que tem sido uma verdadeira transformação na minha prática pedagógica. Ele não apenas trouxe uma avalanche de ideias inovadoras, mas também reforçou algo que considero essencial: a necessidade de que o aluno compreenda seu papel como ser humano e reflita sobre seu propósito na sociedade. Muitas das ideias que o programa apresenta estão alinhadas com as que sempre busquei fomentar em sala de aula – o protagonismo estudantil, a capacidade de olhar para si mesmo e para o mundo de forma crítica e construtiva. Essa abordagem eleva o nível de aprendizado e enriquece a formação integral dos alunos, capacitando-os a serem agentes de mudança em suas comunidades rurais.

A minha área de atuação – Artes – desempenha papel essencial no desenvolvimento integral dos jovens, e isso é igualmente verdadeiro no contexto rural. Através da expressão artística, os estudantes podem descobrir novas formas de entender a si mesmos, o outro e o mundo ao seu redor. A arte estimula o pensamento crítico, a sensibilidade e a criatividade, que são qualidades fundamentais para a formação de cidadãos conscientes de seu papel no mundo. No caso dos jovens do campo, as artes podem ser uma ponte para o reconhecimento e a valorização da própria identidade cultural, ao mesmo tempo em que os conecta com outras formas de expressão global. Assim, as artes não só ajudam no desenvolvimento cognitivo, mas também no fortalecimento do senso de pertencimento e autoestima.”

Diego Silva de Souza é professor de Artes na escola rural Padre Maximiliano Strauss, em São Lourenço do Sul/RS e participante, em 2024, do Programa de Boas Práticas em Empreendedorismo para a Educação, do Instituto Crescer Legal. Natural de Pelotas/RS, tem licenciatura em Artes Visuais, especializações em Educação e Psicopedagogia e está iniciando seus estudos em Administração escolar, supervisão e coordenação.

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